Há já algum tempo que não atualizo o blogue com novidades, mas estas também não são muitas. Este ano ainda não aparei a relva, ela foi crescendo, e até comecei a gostar daquele ar natural e então deixei ficar assim. A graminha alta tem também outra vantagem, que é, não se danificar tanto com o constante pisoteio das tartarugas que em cima dela passam horas a apanhar sol. Ela simplesmente tomba, mas se estivesse cortada começaria a ficar muito maltratada nas zonas mais pisadas.
A outra novidade, foi a introdução (finalmente) de plantas aquáticas (além da lentilha-de-água), no caso do Jacinto-de-água ou aguapé (Eichhornia crassipes) planta que aprecio particularmente (apesar de proibida em Portugal) pois além de servir de alimento, é muito boa a filtrar a água e a torná-la mais límpida. Depois de uma primeira tentativa frustrada de os arranjar em Viana do Castelo, na semana passada, e numa visita de médico ao distrito de Aveiro (andei por Ílhavo, Mira e Aveiro) consegui encontrá-los graças à indicação da Sofia, a antiga dona da troosti, e última tartaruga que adotei.
Foi primeira vez que vi jacintos-de-água na natureza (planta da Amazónia/Brasil e invasora em Portugal) e de facto é curioso como ficam todos interligados, alguns de tão comprimidos que ficam pelos outros, crescem muito em altura, uns trinta centímetros talvez. Só foi pena que, enquanto andei entretido a pescá-los, não me tivesse lembrado de tirar umas fotografias.
Acabei por não trazer muitos, pois a mala no regresso ainda iria vir carregada de outras coisas, mas já deu para colocar alguns no lago, que ainda não foram devorados/danificados, porque coloquei precisamente os mais altos, para que as bocas das tartarugas não lhes cheguem. Veremos se conseguem sobreviver e propagar-se no lago, algo que duvido seriamente. Entretanto tenho mais uns quantos à parte, para tentar propagar mais, no entanto só os poderei usar no lago este ano, porque até ao momento não tive nenhuma planta que conseguisse sobreviver ao inverno.
Agarrada aos jacintos-de-água vieram ainda dois pés de uma outra planta aquática, também ela de origem brasileira, e com estatuto de invasora em Portugal, o pinheirinho-de-água (Myriophyllum brasiliense). Coloquei também num recipiente e ver se propaga pois também terá algum interesse em servir de alimento para as tartarugas.
Alerto também mais uma vez, para a responsabilidade no manuseamento destas plantas aquáticas. Em Portugal são proibidas por serem extremamente invasoras, acho que, apesar de contrário da lei, até é benéfico que retiremos algumas da natureza, no entanto temos de ter todo o cuidado para não irmos criar mais focos de invasão.