terça-feira, 3 de setembro de 2019

Adoção de Corcunda do Mississipi

Como ultimamente tem vindo a acontecer, foi contactado pelo blogue no sentido de ajudar na divulgação com vista a encontrar novo dono para uma tartaruga que já tinha mudado de dono há cerca de um ano. Fui falando com o dono, fiz algumas perguntas, não divulguei de imediato aqui no Plastrão e semanas depois acabei eu mesmo por ficar com ela. 


A pessoa que ma entregou ficou com ela porque soube que uma vizinha, que ia mudar de casa, estava a pensar deixá-la no lago do Parque da Cidade, onde tinha visto outras tartarugas. E ao saber disto prontificou-se a ficar com ela. E há um ano esta Graptemys pseudogeographica cabia na palma da mão, mas como agora se vê, cresceu bastante, motivo pelo quais os donos procuraram alguém que tivesse um lago exterior.

Eu já tinha seis tartarugas, mas sempre achei que sete era um número mais bonito! E ainda por cima esta tartaruga é da mesma espécie da única tartaruga que me apareceu morta no lago. Achei que seria como que repor o que já tive e então, depois de ter tido a preocupação de perguntar pelo tamanho da bicha, resolvi mesmo adotá-la.

O casal teve a preocupação de vir cá a casa ver as condições em que ia ficar e estivemos à conversa uma boa hora. Esta corcunda que por norma é bastante tímida, enquanto os donos cá estiveram, andou sempre a investigar tudo de forma muito curiosa e foi sempre extremamente afável. Comeu  de imediato sem problemas, apesar de estar num ambiente completamente diferente.

Entretanto nestes primeiros dias é difícil vê-la ainda que já a tenha apanhado por diversas vezes cá fora a apanhar sol. Só que, mal me aproximo elas atiram-se todas (menos uma Trachemys) à água, em efeito dominó e não consigo fazer qualquer registo fotográfico. Veremos quando o conseguirei fazer, porque não estando muito por casa torna-se mais complicado elas ganharem a confiança necessária.



domingo, 4 de agosto de 2019

Os Jacintos Agora Não Duram Muito!

Desde que adotei as últimas duas tartarugas, que os jacintos ( Eichhornia crassipes) não ficam inteiros muitos dias! Não sei se são estas duas últimas tartarugas que são adeptas desta iguaria verde (que por cá se tornou invasora nos nossos rios) se é o macho Pseudemsys (por natureza grande apreciador) ou se até as Trachemys que já tinha há mais tempo também adquiriram um maior gosto por verduras, e na verdade já vi uma ou outra a mordicar. 

Para quem não conhece, os jacintos que vou apanhar ao rio são assim:



Em poucos dias o cenário é este:



domingo, 21 de julho de 2019

Cavar Junto à Cyca

Por vezes as tartarugas decidem cavar nos sítios que menos queríamos que o fizessem, como neste caso em que achou (e tem sido recorrente) que cavar junto às raízes da cyca seria o sítio ideal para colocar os seus ovos. E já me disseram que não é por acaso, que escolhem essas zonas porque retêm melhor a humidade. Ainda assim, eu preferia que o fizessem noutros sítios!




quarta-feira, 19 de junho de 2019

Tartaruga a Pôr Ovos

Apesar de ter tartarugas há quase vinte anos e de ter milhares de fotografias, umas mais engraçadas, outras únicas (como uma vespa a beber lágrimas de tartaruga ou uma tartaruga com um ovo na boca)  nunca até hoje tinha fotografado uma tartaruga a pôr ovos, tão simplesmente porque quando isso acontece deixo-as estar na vida delas. Mas hoje, ao ver a última tartaruga que adotei, cá fora, juntos aos catos (que vou ter de tirar) fui espreitar o que ela andava a fazer. Ela não fugiu (como costuma fazer) e vi um enorme buraco com um ovo dentro e então resolvi registar!



segunda-feira, 17 de junho de 2019

As Primeiras Escavações da Última Adoção

Hoje pela manhã, a chegar perto do lago encontrei pelo segundo dia seguido a última fêmea que adotei cá fora nas suas escavações. Ao ver-me manteve-se imóvel, ao contrário que costuma fazer quando está a apanhar sol junto ao lado, em que, de imediato se atira para a água, ainda que, aos poucos parece começar a ficar mais confiante. 





quinta-feira, 6 de junho de 2019

Ninho com Dez Ovos

Depois de na segunda-feira ter visto a tartaruga maior a cavar um enorme buraco e de o ter deixado totalmente tapado, quase impercetível de ser  detetado, no dia seguinte resolvi chegar a casa e levantar a terra para ver o que estaria lá dentro, para me começar a habituar a fazê-lo pois, visto que, como contei, tenho agora dois machos.

A terra estava bastante compacta, talvez devido ao facto de ter chovido. Lá fui tirando terra, mas, chegado ao fundo, não encontrei qualquer ovo. Até que, comecei a cavar mais para o lado, e surpresa! Um ovo! e conforme fui tirando mais terra, mais ovos começaram a aparecer, um atrás do outro!

O buraco era bastante grande, e há que ter em conta que foi feito com as patas traseiras, sem a tartaruga ver o que estava a fazer! Mas não foi isso que a impediu de ter feito uma bela obra de engenharia!

Ao todo contei dez ovos! 



E atentem na profundidade do buraco, e não esquecer que, além de profundo, ela cavou para o lado, onde deixou os ovos muito bem escondidos!

E vejam as dimensões do buraco:




De futuro tenho que começar a ter mais atenção a esta questão dos ovos para não correr riscos de ter mais Trachemys em casa, espécie proibida em Portugal e integrada nas 100 piores espécies invasoras do mundo.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Escavações 2019

Nos últimos dias as tartarugas têm andado muito ativas escavando por tudo que é lado. Esta segunda-feira como estive por casa tive oportunidade de ir acompanhando e de vez em quando tirar algumas fotografias. O dia esteve fresco, e as escavações começaram logo pela manhã.








domingo, 2 de junho de 2019

Casal de Tartarugas Para Adoção - Zona de Lisboa

Recebi aqui um contacto no sentido de se tentar  encontrar quem queira adotar casal de tartarugas (que me parecem ser Pseudemys ao contrário do que me foi dito) com cerca de dois anos. A pessoa é da zona de Oeiras mas entrega na grande Lisboa.



Editado: as tartarugas já foram adotadas. 

Qual o Caminho Mais Curto Entre Dois Pontos?



Para uma tartaruga, o caminho mais curto entre dois pontos, é sempre uma reta!

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Adotei um Casal de Trachemys com Vinte Anos

Depois de no ano passado me ter fugido uma tartaruga e ter ficado bastante abatido com a situação, já há algum tempo que eu vinha meditando a eventualidade de vir a adotar mais tartarugas, e essa ideia ganhou ainda mais forma quando recentemente visitei, de novo, o Parque Biológico de Gaia. Lá, voltei a ver as dezenas de tartarugas que têm, e o espaço nem é assim tão maior que o meu, então, pensei, porque não eu adotar mais algumas tartarugas?

Curiosamente, poucas semanas depois, colocaram mais uma oferta para doação de um casal de Trachemys scripta elegans no tópico # A quem entregar uma tartaruga? Solicitei fotografias ao dono e confirmei a espécie. De imediato pensei que poderia adotar uma, mas, por norma, as pessoas, como se compreende, preferem entregar as tartarugas à mesma pessoa. 

O meu receio prendia-se com o facto de colocar um macho junto de quatro fêmeas porque não quero, de todo, que elas procriem. Então acabei a refletir o assunto com a minha amiga Sofia, pessoa mais entendida em animais que eu, e que também tem tartarugas, e o que ela me disse fazia todo o sentido: "já tens um macho no lago, e ainda que seja de outra espécie, também pode casalar. Só tens que controlar os ovos". 

E pronto, lá me decidi. Falei com o José, que é da Maia, e ele disponibilizou-se a vir cá a casa entregar as tartarugas, podendo assim também ver onde iriam passar a ficar. 

Como referi trata-se de um casal, e, como é comum, ela maior, ele mais pequeno, e têm cerca de vinte anos. Apesar da idade são bastante mais pequenas que as minhas, incluindo o macho Pseudemys que terá agora cerca de onze anos.

Cada tartaruga, cada personalidade. A fêmea, mal a coloquei na areia, a sua primeira reação foi de, com as patas da frente, começar a arrastar a areia, como que, tentando conhecer uma nova textura desconhecida para si. Já o macho, mais pequeno, demonstrou mais timidez.

As duas juntaram-se às quatro que já tinha, e não se passou nada de especial. É natural que quem chega seja olhado com alguma curiosidade, mas não mais que isso. 

Ainda não me foi possível tirar fotografias delas, apanhando-as descontraídas. É natural. É preciso ganhar confiança. Já as vi cá por fora a apanhar sol, mas ao mínimo movimento enfiam-de dentro de água. Mesmo o meu macho que já está comigo há sete anos, é agora difícil apanhá-lo cá fora.

Para já aqui ficam as fotografias possíveis, ambas junto da minha tartaruga maior, para se ter a ideia do tamanho. Começando pelo macho que tem cerca de 13cm:




E agora a fêmea, um pouco maior com 17cm:




sábado, 4 de maio de 2019

Solução para Evitar Fugas

Aqui o Plastrão tem andado um pouco ao abandono, primeiro porque já abordei quase todos os temas possíveis relacionados com tartarugas (cágados), depois e mais importante, está a fazer um ano que me fugiu uma das tartarugas e entretanto não apareceu. Há sempre um sentimento de culpa associado e, ainda por cima, foi uma tartaruga que me foi oferecida por uma amiga e tudo isso deixou-me bastante desanimado. 

Quem acompanhou o blogue sabe que coloquei canas a forrar as heras, precisamente para evitar que as tartarugas fugissem. Só que o tempo vai passando, as heras vão saindo para fora, uma pessoa descuida-se e vão ficando ali pontos de apoio por onde as tartarugas, com as suas unhas, podem trepar e fugir. Foi isso que aconteceu. Então, para prevenir esquecimentos, de uma vez por todas, na manutenção do espaço, comprei uma chapa e emendei-a à medida, e coloquei em frente das heras. É amovível e dá para depois tirar e podar as heras, e voltar a colocar, e assim, pelo menos espero, acabam-se definitivamente quaisquer possibilidades de fuga do espaço. 

E a coisa neste momento está assim:




Para quem não sabe, antes, com as canas, ultimamente era assim que estava: