Quase dois meses depois da última mensagem, as novidades são poucas ou nenhumas. Entrou o outono, e passaram-se dois meses, e a chuva continua sem parar, e este ano nem houve lugar para o verão de São Martinho.
O processo de hibernação começou, como é habitual, com a perda de apetite, e com o recolher dentro de água mais tempo, alternado com umas saídas precárias quando as temperaturas sobem um pouco, ou o sol descobre por entre as nuvens negras.
O processo de hibernação começou, como é habitual, com a perda de apetite, e com o recolher dentro de água mais tempo, alternado com umas saídas precárias quando as temperaturas sobem um pouco, ou o sol descobre por entre as nuvens negras.
Ainda assim a vontade de sair não é unânime, e umas preferem ficar no aconchego da água, vindo boiar um pouco e espreitar a vida cá fora.
Por esta altura, os jacintos-de-água já começam a ficar com as folhas acastanhadas, sinal que estão a começar a apodrecer, e que não se aguentarão muito mais tempo, e para o ano lá terei de tratar de ir à natureza arranjar mais alguns para filtrar a água.
Entretanto, e fruto da perda de apetite, e como se pode ver nas imagens acima, a lentilha-de-água começa a conseguir propagar-se, pois a máquina devoradora que é a hieroglifica, deixou de a comer.
E a trachemys que tem a sua carapaça sempre reluzente, tem agora as placas da carapaça a soltarem-se todas.