Pois é, este meu humilde espaço, 142 mensagens depois, está de parabéns. Passou um ano desde a primeira publicação. Um ano que passou muito depressa. Não foi propriamente um sucesso de visitas e seguidores, e seria quase impossível que o pudesse ser, pois não tem tem quase nenhuma divulgação, e eu ainda por cima nem sequer estou nas redes sociais. Ainda assim se calhar esperava mais comentários. Mas também nunca foi isso que pretendi. É essencialmente um espaço de memória, de recordar um pouco a história das primeiras adoções, e da evolução do espaço que lhes destinei, e depois ir fazendo uma espécie de diário do que vai acontecendo. E claro, pelo meio, de vez em quando, vou refletindo sobre diversos assuntos ligado ao tema tartarugas.
Se ao início estava muito receoso em começar uma coisa destas, pois este foi o meu primeiro blogue (depois dois se seguiriam) e confesso que rapidamente comecei a ter um gozo especial por ir publicando mensagem atrás de mensagem. Primeiro comecei de forma mais descritiva e até mais formal, e entretanto acho que naturalmente encontrei o tom certo para o "Plastrão". Adotei uma postura mais leve e descontraída e tentei ir dando um toque de humor.
O blogue começou também a viver essencialmente das fotografias que ia tirando e que ilustravam os acontecimentos. Claro que nem sempre é fácil conseguir imagens diferentes, e não me tornar repetitivo, porque as tartarugas são sempre as mesmas e o espaço também pouco vai mudando. Entretanto fui experimentando também alguns vídeos, algo a experimentar mais vezes no futuro.
Fazendo uma breve retrospetiva do último ano, diria que a das grandes modificações que fiz no espaço, e que gostei do resultado final foi o uso das canas, para impedir que as tartarugas trepassem as heras.
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Colocação das canas (ainda verdes na foto) resultado final |
Mas já sei, que será coisa que necessitará de manutenção no futuro, como substituir algumas canas que poderão apodrecer, e claro, ir limitando o crescimento das heras através de podas.
A adoção de mais uma tartaruga, que em princípio terá sido a última, foi outra das coisas que marcou o último ano.
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Última adoção - Trachemys scripa elegans |
Desde logo porque tinha vinte e três anos, bem mais velha que as mais velhas que eu já tinha, e depois por causa dos problemas de saúde que veio a ter, e que estou em crer que em parte foi da minha responsabilidade, por não ter tido a devida atenção com uma tartaruga que vinha de um aquário.
O triste acontecimento, e está a fazer um ano que aconteceu, foi a morte da corcunda, presumindo eu que tenha sido por deficiente alimentação, mas isso também é estranho, tendo ela sobrevivido à hibernação anterior, e sem as plantas aquáticas que agora tinha à disposição.
Depois, uma curiosidade. Na primavera do ano passado estive em Castro Laboreiro e pude ver de perto uma formação rochosa que dá a nítida sensação de ser uma tartaruga a caminhar pela encosta.
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Formação rochosa em forma de tartaruga - Castro Laboreiro |
Inquestionavelmente, o momento mais insólito foi quando consegui filmar uma das tartarugas a trepar a gilbardeira (que este ano já não terá) e depois a atirar-se lá de cima.
Pela sua raridade, a fotografia que elejo como a melhor do último ano, foi quando apanhei uma vespa a beber das lágrimas de uma tartaruga.
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Vespa a beber das lágrimas da tartaruga |
Outro dos momentos marcantes, foi quando, pela primeira vez, encontrei o jovem macho a acasalar com a tartaruga mais velha.
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Acasalar |
No que se refere à manutenção, o segundo momento mais marcante, foi quando decidi arrancar a gilbardeira, não tanto para evitar as aventuras da tartaruga que muito gostava de a escalar, mas porque estava a crescer e a sombrear o lago em demasiada. Plantei outra no mesmo local, mas que ainda demorará muitos anos a ficar de igual tamanho, se é que conseguirá mesmo atingir aquelas proporções.
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Retirada da gilbardeira |
E estou em crer que estes foram os momentos mais marcantes do ano que passou. Para quem chega e descobre o blogue por alguma pesquisa que fez, se tiver paciência pode sempre passar no arquivo, que está organizado de forma cronológica, do mais antigo para o mais recente, e acompanhar toda a história. Quem quiser ir acompanhado o que vou escrevendo, pode seguir o blogue, ou então ir fazendo uma visita de vez em quando. Os comentários também serão sempre bem-vindos.