Estaríamos em 2000 ou 2001 não tenho bem a certeza, quando uma
amiga, a Helga, se lembrou de mim como hipóteses para ficar com as tartarugas dela, isto porque ela e os pais iam mudar de casa, e as tartarugas dela já estavam
bastante grandes para o pequeno aquário onde estavam, e eu vivia numa vivenda com bastante espaço exterior. Ela ainda equacionou doá-las ao Parque
Biológico de Gaia, mas se eu ficasse com elas seria sempre diferente. E eu
aceitei de bom grado ficar com as duas tartarugas dela, afinal nem sequer tinha animais de estimação e foi assim que se iniciou a coisa.
Entregou-me as duas bichas, com a sua comida, os célebres pouco nutritivos camarões
secos, e poucas dicas, e eu fui cuidando delas o melhor que sabia. Doze
anos depois ainda as mantenho de boa saúde, são as maiores tartarugas que tenho, já da
Helga há muitos anos que não sei o que é feito dela, sei que casou e foi morar
para Lisboa, mas há muito que lhe perdi o rasto.
Fica a primeira dica: as namoradas vão, os amigos vão mas as
tartarugas vão ficar sempre, aliás, provavelmente nós mesmos morreremos e as tartarugas
ficarão cá depois de nós. Se pensa em adotar uma tartaruga não pense impulsivamente
no imediato, em como seria engraçado ter uma tartaruga, pense sim que está a adotar um animal que provavelmente irá durar
várias décadas, e pense em tudo que isso irá implicar.
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